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(Auto) Representação, diversidade e poder

Coordenado por Antonio Prieto S. e Milla Riggio

No contexto deste Grupo de Trabalho, o assunto de representação será discutido em relação às específicas práticas performativas, nas esferas de poder hegemônico e na resitência subalterna. Convidamos os participantes a considerarem o aspecto ambíguo de representação; de um lado, como instrumento colonial planejado para inventar e classificar “o outro”, e também como veículo de dar poderes aos grupos e indivíduos subalternos. No último sentido, a auto-representação está frequentemente  concebida como uma maneira de conseguir representação política e cultural dentro da sociedade dominante. Mas talvez interrogaremos até que ponto, por exemplo, os povos indígenas são capazes de apropriar-se de tecnologias de representação e como eles (se possível for) podem controlar a recepção que os outros tenham de seu trabalho.

Ao reconhecer os principais tópicos do Encuentro,  sugerimos que nossa discussão considere como a luta pela auto-representação indígena pode levar a agência social e ter poderes, as implicações que têm dentro de uma moldura de “herança intangível”,  assim como a pressão  que os mercados de arte exercerm sobre as representações de comunidades de base.

Incentivaremos a discussão que traga não apenas exemplos de artistas e grupos indígenas, mas também de outras comunidades étnicas e/raciais assim como comunidades lésbicas e gays.

Outras rotas de questionamento poderão incluir:

- Como as representações subalternas desarranjam estereótipos que a sociedade dominante possa ter no que diz respeito aos povos desprovidos? Novos estereótipos são postos em circulação?

- Sob a luz da migração transnacional, a hibridação de indentidades e  contatos inter-culturais, até que ponto os povos indígenas estã preocupados em produzir representações ligadas às “raízes” de sua comunidade?

- Que formas de análise podem ser sugeridas para as represantações “tradicionais” ou de comunidades de base, face a face com as representações produzidas por artistas individuais dessas comuniddes que são conhecedores do pós-moderno, pós-colonial e/ou discursos da comunidade gay e que trabalham com performance conceitual?

Participantes

Jordan Pollock, Marcelo Kraiser, Mila Aponte-González, John R. Beverley, Reona Brass, Jennifer Cayer, German García, Luiselle Rivera, Milla Riggio, Sarah Curran, Marylin Rodríguez, Alyssa McClorey, Laura Gutiérrez, Annie Baillargeon, Luis A. López Espinoza, Luiz Guilherme Veiga de Almeida, Lucía Herrera, Benjamín Jacanamijoy Tisoy, Maite Málaga-Iguiniz, Valeria R McFarren, Yumari Y O'koyoaré.