Entrevista com a artista performática Jennifer Miller, diretora da trupe do Circus Amok, de Nova Iorque, conduzida por Mila Aponte-González para o Instituto Hemisférico de Performance e Política. Nesta entrevista, Miller fala sobre as origens, as aventuras e as façanhas do Circus Amok, comentando sobre o treinamento da trupe, as políticas e estéticas da performance de rua, suas experiências como artistas performáticos políticos e queer nas – e para as – comunidades de Nova Iorque, alguns temas recorrentes no seu trabalho e como as suas influências estéticas e métodos criativos fazem malabarismos entre a performance e a política, em uma atmosfera colaborativa. O Circus Amok é um circo-teatro sediado na Cidade de Nova Iorque, cuja missão é oferecer arte pública gratuita para as pessoas na Cidade de Nova Iorque, abordando temas contemporâneos sobre justiça social. Dirigido e fundado por Miller, o grupo está junto desde 1989, trazendo os seus engraçados, queer, cáusticos e sexy espetáculos políticos de um único picadeiro a diversas vizinhanças da cidade. Ao longo dos anos, as técnicas circenses tradicionais – andar na corda bamba, malabarismo, acrobacias, andar sobre pernas-de-pau, palhaçadas – foram combinando-se com a dança experimental, marionetes em tamanho de gente, músicas antigas e atuais, além da arte performática e das técnicas de improviso que desafiam as noções pré-concebidas do gênero, criando novos significados para o circo, ao tempo em que continuam divertindo as multidões de todas as idades por todas as ruas, jardins, parques e playgrounds da cidade, convidando a audiência a juntar-se a eles para imaginar uma vida mais poderosa de interação comunitária, ao tempo em que disfruta de um espetáculo celebratório queer.