Native American Visions, um concerto de música contemporânea, tradicional e jazz apresentando Jim Pepper, Arto Tuncboyachi e o grupo de música a capela Pura Fe, fez parte do festival "Celebrate Brooklyn, 1989", realizado na concha acústica do Prospect Park. Abriu-se o show com os tradicionais tambores e canto indígena americano e também com a dança-solo The Shaman's Journey do bailarino convidado de dança contemporânea Raoul Trujillo. O saxofonista Jim Pepper (1941-1992), índio Creek e Kaw, foi um músico de jazz inovador que deixou sua marca nos Estados Unidos e Europa. Seu estilo único fundia música de igreja dos indígenas americanos e a música de "pow-wow" (ritual indígena) com jazz experimental. Seu trabalho mais conhecido, Pepper's Pow Wow, foi lançado em 1971. Pepper exerceu uma enorme influência sobre o poeta Joy Harjo, índio Muscogee, e colaborou com o grupo de música a capela de mulheres indígenas, Ulali. Foi reconhecido pela Native American Music Awards Hall of Fame (organização/ museu de prêmios aos instrumentistas indígenas norte-americanos) postumamente após seu trágico falecimento devido a sua batalha contra um câncer linfático. Pepper é lembrado por sua colaboração à cena jazzística e da música indígena e por expandir as percepções de ambos os gêneros. Raoul Trujillo (Apache/Ute) é ator, bailarino, e ex-solista do grupo Nikolais Dance Theatre e o primeiro coreógrafo e co-diretor do grupo de dança e teatro American Indian Dance Theatre. É o apresentador de uma série de programas de dança e foi indicado a um Emmy por melhor performance como apresentador/narrador da famosa série Dancing produzida pela rede de TV educativa de Nova York. Pura Fe, (Tuscarora), Soni Moreno (Apache/Mayan) e Jennifer Kreisberg (Tuscarora) são agora conhecidas como as únicas integrantes do grupo de música a capela Ulali (anteriormente chamado Pura Fe). Ulali mistura uma variedade de músicas tradicionais e contemporâneas indígenas das Américas, incorporando problemas políticos, sociais e pessoais que afetam toda a humanidade. Ao fundir influências de fora com palavras e música indígenas, o Ulali desafia noções de como palavras e conceitos "tradicionais" são aplicáveis no mundo moderno. Pode-se ouvir o grupo em vários álbuns, documentários e filmes.