Nesta entrevista, Ana Correa relata o seu início no grupo, onde ela encontrou diálogo e abertura para criar teatro. A peça 'Allpa Rayku' do Yuyachkani marca a busca do grupo pelas profundas tradições peruanas e pelo mundo andino e também a própria identidade e conexões de Correa com as suas raízes indígenas. Viajando por todo o Peru, o grupo encontrou diversas fontes de inspiração para a ‘cholificação’ da sua proposta – um projeto estético e político que abrange esferas locais peruanas e questões globais mais amplas. A formação dos membros do grupo, combinada com a sua profunda pesquisa e sua experiência como atores, é entrelaçada com uma auto-reflexão como grupo. Suas performances oferecem um espaço onde cidadãos civis marginalizados podem falar e ser ouvidos e também podem apresentar a violência sofrida pelo país no fogo cruzado entre o grupo terrorista ‘Sendero Luminoso’, o governo peruano e o exército. O país foi devastado por essa violência e afundou em um vazio interno e fragilidade. O Yuyachkani trabalhou nisso, convencido de que o teatro nos torna seres humanos melhores. Correa explica como os atores do Yuyachkani são companheiros do personagem, que está sempre em primeiro plano, e como o grupo tem trabalhado em coordenação com organizações populares, ONGs e comunidades. Ela destaca o papel dos eventos internacionais e Encuentros do Instituto Hemisférico de Performance e Política, um espaço que promove uma necessária abertura – um espaço onde podemos estar juntos e tentar entender um ao outro.