Entrevista com Diamela Eltit, conduzida por Carmen Oquendo-Villar como parte do 6o Encuentro do Instituto Hemisférico de Performance e Política, realizado em junho de 2007 em Buenos Aires, Argentina, sob o título Corpolíticas nas Américas: Formações de Raça, Classe e Gênero.
Diamela Eltit é uma eminente artista performática, romancista e crítica cultural chilena. Recipiente de uma bolsa de estudos da John Simon Guggenheim Memorial Foundation e de vários outros prêmios e indicações, Eltit foi membro do aclamado Colectivo de Acciones de Arte (CADA), um grupo ativista chileno de artistas que usavam a performance para desafiar a ditadura de Pinochet no Chile. Ela tem sido uma presença cultural importante ao longo dos anos pós-ditadura por meio da sua participação em publicações como a Revista de Crítica Cultural. Tanto como artista quanto como crítica, o trabalho de Eltit constitui uma contribuição importante para a teoria feminista e para os debates culturais. No ano 2000, ela publicou ‘Emergencias: Escritos sobre literatura, arte y política’, um livro de ensaios que reúne algumas das suas críticas literárias e culturais. A sua obra narrativa inclui ‘Lumpérica’ (1983), ‘Por la patria’ (1986), ‘El cuarto mundo’ (1988), ‘El padre mío’ (1989), ‘Vaca sagrada’ (1991), ‘El infarto del alma’, com a fotógrafa Paz Errázuriz (1994), ‘Los vigilantes’ (1994), ‘Los trabajadores de la muerte’ (1998), ‘Mano de obra’ (2002), ‘Puño y letra’ (2005), ‘Jamás el fuego nunca’ (2007) e, mais recentemente, ‘Impuesto a la carne’ (2010). Tanto individualmente quanto como membro do CADA, Diamela Eltit foi uma das maiores colaboradoras para a ‘Escena de Avanzada’. Eltit também já ocupou o cargo de escritora-residente na Brown University, na Washington University em St. Louis, na Columbia University, na U.C. Berkeley, na University of Virginia, na Stanford University e na Johns Hopkins University. Ela atualmente é a Distinguished Global Professor de Redação Criativa em Espanhol da NYU.