Diamela Eltit: Zona de dolor
  • Título: Diamela Eltit: Zona de dolor (1980)
  • Holdings: video (HIDVL)
  • Idioma: Spanish
  • Data da performance: 1980
  • Lugar: Filmed in Santiago, Chile
  • Type/Format: demonstration
  • Cast/Performers: Diamela Eltit, performer
  • Credits: Lotty Rosenfeld, videographer ; Lotty Rosenfeld, Diamela Eltit, video editors

Diamela Eltit: Zona de dolor

Em ‘Zona de dolor’ (Zona de dor), Eltit posiciona o corpo – o seu corpo – no centro desta ressignificação política e social: ela se corta e se queima e depois vai para um bordel, onde lê parte do seu romance ‘Lumpérica’.  O seu corpo mortificado espelha o corpo nacional ferido e estabelece uma conexão entre o individual e o coletivo, entre o privado e o público, expondo a sua fisicalidade, as suas palavras, e a sua voz em comunhão com um espaço que existe à margem das estruturas sociais.  Na última parte deste vídeo, a voz de Diamela Eltit acompanha a sua ação de lavar o pavimento em frente ao bordel, derrubando as fronteiras entre as palavras do seu romance, o seu corpo e o espaço habitado por ‘mulheres públicas’.  Eltit não somente perturba o espaço de transações sexuais de gênero, mas também propõe uma poderosa reflexão sobre onde a ‘zona de dor’ pode estar locaizada num momento histórico marcado pelo sofrimento e pelas injustiças.

Diamela Eltit é uma eminente artista performática, romancista e crítica cultural chilena.  Recipiente de uma bolsa de estudos da John Simon Guggenheim Memorial Foundation e de vários outros prêmios e indicações, Eltit foi membro do aclamado Colectivo de Acciones de Arte (CADA), um grupo ativista chileno de artistas que usavam a performance para desafiar a ditadura de Pinochet no Chile.  Ela tem sido uma presença cultural importante ao longo dos anos pós-ditadura por meio da sua participação em jornais como a Revista de Crítica Cultural.  Tanto como artista quanto como crítica, o trabalho de Eltit constitui uma contribuição importante para a teoria feminista e para os debates culturais.  No ano 2000, ela publicou ‘Emergencias: Escritos sobre literatura, arte y política’, um livro de ensaios que reúne algumas das suas críticas literárias e culturais.  A sua obra narrativa inclui ‘Lumpérica’ (1983), ‘Por la patria’ (1986), ‘El padre mío’ (1989), ‘El infarto del alma’ (com a fotógrafa Paz Errázuriz [1994]), ‘Mano de obra’ (2002), ‘Jamás el fuego nunca’ (2007) e, mais recentemente, ‘Impuesto a la carne’ (2010).  Tanto individualmnte quanto como membro do CADA, Diamela Eltit foi uma das maiores colaboradoras para a ‘Escena de Avanzada’.  O objetivo era representar ‘intervenções na vida cotidiana’, destinadas a interromper e alterar as rotinas normalizadas do dia-a-dia dos cidadãos urbanos, por meio de uma subversão semiótica que tirou do contexto e semanticamente reestruturou os comportamentos, locais e sinais urbanos.


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