A ação principal da peça se passa durante algumas horas dentro dos confins de uma igreja, centrada sobre os esforços dos zeladores da igreja ao prepararem a estátua de Santiago para a procissão anual. Devido a guerra, estes três zeladores -- os únicos sobreviventes da cidade -- ficam incapazes de prestarem homenagem a seu padroeiro há anos. Para o Mordomo hispânico e sua empregada mestiça Bernardina, a procissão re-estabeleceria ordem e traria significado de volta para suas vidas. No entanto, para o personagem subalterno indígena Rufino, prestar homenagem a Santiago trairia sua identidade cultural. Desta forma, Rufino resolve adotar a língua, as máscaras e as roupas de uma divindade brincalhona andina a fim de trair a tentativa de re-encenar a procissão. Como o programa da peça explica, durante a Reconquista, a figura de Santiago foi transformada de um seguidor pacífico de Cristo para um Padroeiro da Espanha e assassino de mouros; na Conquista, tornou-se um assassino de indígenas. Ironicamente, a força colonizadora do Catolicismo transformou Santiago num padroeiro santo de muitas cidade peruanas, venerado, em grande parte, pela população indígena e mestiça. Esta produção sugere que, embora esquecida pela maioria dos peruanos, uma conexão de sincretismo entre Santiago e o deus andino Yllapa motivou esta estranha veneração. A peça mistura sonho com realidade, passado e presente, enquanto que as memórias da anterior Reconquista peninsular alegorizam a Conquista espanhola da América e a guerra de guerrilha recente que devastou o país por anos.