Entrevista com Beverly Singer, conduzida por Tasha Hubbard durante o 5o Encuentro do Instituto Hemisférico de Performance e Política, realizado em março de 2005 em Belo Horizonte, Brasil, sob o título Performance e “Raízes”: Práticas Indígenas Contemporâneas e Mobilizações Comunitárias. Singer fala sobre a sua obra de documentários como uma busca pelas práticas e valores que sobreviveram ao longo de todas as mudanças na vida indígena e que ainda permanecem, mantendo-os conectados uns aos outros em uma comunidade. Ela também pesquisa e documenta os mecanismos de enfrentamento que têm sido adotados pelo povo indígena a fim de encontrar o seu lugar no mundo.
Beverly Singer é uma americana nativa de descendência Tewa e Navajo, de Santa Clara Pueblo, Novo México. Ela é uma cineasta de documentários premiada, cujas produções em vídeo exploram o tema da revitalização cultural nas comunidades americanas nativas. Ela é Professora Associada de Antropologia e Estudos sobre os Americanos Nativos e Ex-Diretora do Centro de Estudos Interculturais Alfonso Ortiz, na University of New Mexico. Anteriormente, ela trabalhou na Cidade de Nova Iorque como especialista de programas públicos do Centro de Cinema e Vídeo do National Museum of the American Indian e lecionou na Parsons School of Design e na California Polytechnic State University. Ela recebeu o seu Ph.D. em Estudos Americanos pela University of New Mexico; o seu mestrado (M.A.) em Administração pela University of Chicago; e o seu bacharelado (B.A.) em Serviço Social/Psicologia pelo College of Santa Fe; além de ter estudado cinematografia no Anthropology Film Center, em Santa Fé. Ela é um dos membros fundadores da Native American Producers Alliance e autora de um livro sobre a cinematografia independente de americanos nativos, entitulado ‘Wiping the War Paint Off the Lens: Native American Film and Video’.