
Photo/Foto: Paula Kupfer
Furor de arquivo
Uma verdadeira compulsão de arquivar tomou conta de parte significativa do território globalizado da arte nas duas últimas décadas—de investigações acadêmicas a exposições baseadas em arquivos, passando por acirradas disputas entre coleções pela aquisição dos mesmos. Alguns de seus objetos de análise privilegiados incluem as propostas artísticas latinoamericana dos anos 1960-1970, quando o político se imbricou nas entranhas da própria poética. O que causa a emergência deste desejo no atual contexto? Que políticas de desejo movem as diferentes iniciativas de inventário e seus modos de apresentação?
Biografia
Suely Rolnik é formada em sociologia e filosofia pela Université Paris VIII e em Psicologia pela Université Paris VII. Docente titular da Pontíficia Universidade Católica de São Paulo e Docente convidada do Programa de Estudos Independentes (PEI) do Museu d'Art Contemporani de Barcelona (MacBA) e Master Oficial em História da Arte Contemporânea e Cultura Visual, Universidad Autónoma de Madri e Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS). Seu trabalho se localiza num território transversalizado pelo filosófico, o clínico, o político e o estético e se manifesta na pesquisa, no ato de escrever, na docência, na curadoria e na clínica strictu senso. É autora, entre outros livros, de Micropolítica: Catografías del Deseo, com a colaboração de Félix Guattari. Participa como investigadora da Red Conceptualismos del Sur.