Esta é uma documentação em vídeo da palestra/performance/não-performance de Julieta Paredes intitulada 'Fiando fino a partir do feminismo comunitário', apresentada como parte da Série de Colóquio de Pesquisa do CLACS ‘Descolonização nos Andes: debates contemporâneos e trasnformações’, co-organizada pelo Instituto Hemisférico de Performance e Política e o Departamento de Estudos da Performance da NYU. Julieta Paredes encena uma transformu ‘chola’. Paredes alega que, na Bolívia, ‘ninguém olha pra mim quando estou vestida como uma chola: nos tornamos invisíveis’. Afirmando também que as ‘cholas não têm um corpo, não têm uma sexualidade, não têm ideias’, Paredes propõe engajar-se em uma participação política com e a partir do seu corpo. Ela insiste que o que ela está fazendo ‘não é uma performance’, mas uma transmissão real dos pensamentos e demandas das suas irmãs e do seu povo através da sua voz e do seu corpo. Assim, Paredes incorpora a presença dos temas que está discutindo – já que a corporalidade da mulher tem estado no cerne da penetração colonial, ela propõe que a resistência e a contestação do colonialismo deve partir desses mesmos corpos femininos. Portanto, a tarefa de recuperar a corporalidade e a sexualidade feminina está na base da sua proposta de ‘feminismo comunitário’. Este é o primeiro passo para se alcançar um equilíbrio entre irmãos e irmãs e começar a trabalhar lado a lado para retomar a soberania das comunidades nativas.ação durante a sua apresentação, trocando as suas roupas ocidentais pelas roupas da sua avó e assim, tão visivelmente, tornando-se uma mulher indígena o