Dionysus in 69 (“D69”) estreou no The Performing Garage no dia 6 de junho de 1968. D69 é a primeira performance do The Performance Group (“TPG”), que emergiu em 1968 a partir de uma oficina conduzida por Richard Schechner em novembro de 1967, pouco depois da sua chegada da Tulane University para ensinar na New York University. D69, que estreou em junho, foi a primeira produção teatral ambientalista apresentada no The Performing Garage, que é como um lar para o TPG há muito tempo, e depois no Wooster Group, que emergiu em 1980 a partir do TPG. D69 é uma adaptação livre e interpretação radical da obra As Bacantes, de Eurípedes. D69 é notável por ser uma performance pioneira no teatro novaiorquino em muitos aspectos, incluindo: participação da audiência, design teatral e montagem completamente ambiental, desconstrução de um texto clássico, beijo entre dois homens e nudez frontal completa tanto de homens quanto de mulheres. Para a produção, o interior do The Performing Garage foi preenchido com plataformas e torres, o chão coberto por carpetes, as paredes de blocos de cimento pintadas de branco. Como não havia assentos, os performers e espectadores dividiam o espaço, sentados nos chão ou encima das plataformas e torres. D69 foi uma obra idealizada por Schechner e o emergente The Performance Group durante um longo período de oficinas e ensaios. A produção – como toda a obra de Schechner – nunca foi concluída. A prática de Schechner era, e ainda é, marcada pela constante mudança de uma produção ao longo do tempo, à medida em que as circunstâncias o permitem. Antes de cada performance, Schechner reunia-se com a companhia para dar-lhes anotações extensivas e fazer alterações. Ao longo dos 14 meses de apresentações do D69, houve uma rotação dos papeis entre os membros do elenco, incluindo uma mulher representando o papel do deus Dionísio (Joan MacIntosh). O The Performance Group usou suas performances como um meio de confrontar a obra psíquica, física, social e política do performer e do espectador. O filme foi feito por De Palma e seus colegas Robert Fiore e Bruce Rubin a partir das cenas gravadas durante as duas performances finais de D69 em julho de 1968. O filme usa duas imagens mostradas simultaneamente na tela, para dar uma mostra da técnica de teatro ambiental totalmente inclusiva desenvolvida pioneiramente por Schechner.