Para esta produção do East Coast Artists, Schechner usou vastamente o Primeiro Quarto, de 1603, e os nomes dos personagens vindos de textos mais antigos. Schechner propõe uma colisão de cultura popular norte-americana do século 21, poesia Elizabetana e história dinamarquesa medieval. Ao usar expressões idiomáticas norte-americanas contemporâneas, dança de salão, ícones pop como Marilyn Monroe (Gertrude) e Shirley Temple (Ofélia), Hamlet encorpora um ciclone de tragédia representada dentro da pós-modernidade do século 21. Como Schechner escreve no programa da peça, Monroe e os outros roubam as palavras dos personagens de Shakespeare e assombram a peça a partir do futuro --assim como Gertrude, uma anciã, a assombra a partir do passado. Claudius é um pirata Viking e um saqueador do mundo globalizado contemporâneo, estrondoso e belo. Polonius é uma cabeça falante, um instigador de tevê cheio de sagacidade. Rosencrantz e Guildenstern são ratos literalmente, seus rabos tremem atrás de si enquanto fazem números de sapateado. Claudius cantarola canções da Broadway. A cena "Get thee to a nunnery" se transforma de um número de salão de baile a um encontro violento. Polonius tem uma relação incestuosa com Ofélia que é muito mais velha para usar as roupas que usa. Quando o pai é assassinado, Ofélia enlouquece. Hamlet fica com raiva, perdido, um fora da sociedade dentro de sua própria casa, irônico, louco e determinado em sua própria indeterminação.