A obra A fúria dos deuses foi apresentada como parte do 7o Encuentro do Instituto Hemisférico de Performance e Política, realizado em agosto de 2009 em Bogotá, Colômbia, sob o título 'Cidadanias em cena: entradas e saídas dos direitos culturais'. Este evento de dez dias de duração reuniu o ativismo, o estudo acadêmico e a arte em torno dos temas dos legados, memórias, batalhas e fronteiras da cidadania. Como parte do Encuentro, a artista performática Susana Cook coordenou uma série de performances realizadas tarde da noite. Encenadas no espaço teatral do Mapa Teatro – uma antiga casa onde as ruínas do passado coexistem com a vitalidade das performances ao vivo. Toda noite, os participantes apresentavam performances breves, às vezes de improviso, em estilo cabaré, transformando o Mapa Teatro em um espaço aberto para a experimentação e o intercâmbio artístico. Uma dessas performances foi A fúria dos deuses, um exercício de blasfêmia pop, um experimento eclesiástico de paganismo. Escrito e interpretado por Susana Cook – primeiro em espanhol, depois em inglês – A fúria dos deuses foi uma sátira política contundente de proporções bíblicas que feriu o sagrado e eviscerado fundamentalismo evangélico ao sugerir que isto pode ser o principal obstáculo que impede o entendimento intercultural, criando a retórica do estado para justificar a segregação e a opressão. Tosos esses temas foram entrelaçados com uma autocrítica humorística, brincando com a ideia de que o fundamentalismo evangélico poderia ter se enganado sobre onde se encontra o ‘céu’.