A sátira de vídeo musical "Lupe & JuanDi from the Block" do grupo coletivo Fulana explora dois temas principais: a hiper-comercialização dos ícones religiosos e o "branqueamento" dos Latinos quando atravessam para a cultura popular vigiente. Fulana usou a Virgem de Guadalupe para fazer um comentário sobre a comercialização da religião, como sua imagem está em toda parte: nas camisetas, cartões postais, chaveiros, bolsas, jeans de marca, etc.; tornou-se uma Virgem Latina liberal e amigável, uma superstar. Juan Diego, um homem indígena para quem a Virgem apareceu em primeiro lugar, conseguiu recentemente sua santidade, mas "branquearam-no" na imagem oficial do Vaticano, o qual apagou seus traços indígenas e o fez parecer mais com um espanhol. Isso nos faz recordar do processo de "branqueamento" dos/das pop-stars Latinos/as quando se tornam sucesso na indústria da música (por exemplo, Shakira). Ao re-escrever o sucesso pop de J-Lo, "Jenny from the Block", este vídeo encena a "criação" do São Juan Diego pela máfia da música da "intelligentsia" do Vaticano (o Papa e o produtor musical Emilio Estefan). Ao saber que a Igreja Católica está em crise, perdendo muitos fiéis de seu rebanho para os Evangélicos, decidem canonizar Juan Diego para atrair o mercado Latino. O Sr. Estefan dá a Juan Diego uma "nova imagem para passar para a cultura vigente" e o Papa o canoniza ali mesmo. JuanDi fica extasiado com sua transformação, mas a Virgem o repreende por ter se vendido. Assim que a canção avança, sua luta vai ficando mais intensa, seus egos tomam conta da situação e eventualmente se distanciam de seus fãs, os quais partem com um casal de evangélicos que bate à sua porta.