Em Atravessando o rio a nado / Swimmin' the River (1987-1997), Billy Curmano nada toda a extensão do Rio Mississippi como um gesto político pela defesa da liberdade de toxicidade. Curmano usa o rio, que estende-se desde a nascente até o Golfo do México, como um meio artístico e cenário político para discutir questões ambientais. Ele nada no Mississippi enquanto a luz do sol brilha e o vento forma as ondas. Cada braçada de Curmano é uma tentativa de reivindicar o rio sob a bandeira da arte e de trabalhar em prol de uma agenda mais progressiva pela justiça climática. A ecologia do nado de Curmano pode ser vista como uma metáfora estendida da poluição – na qual a nossa existência foi contaminada pelos efeitos do ecocapitalismo.
A prática artística de Billy X. Curmano examina questões importantes com um toque de absurdo. Formado em pintura e escultura, Curmano funde o performático com objetos tradicionais. Ele tornou-se a primeira pessoa a nadar o Rio Mississippi desde a sua nascente no Lago Itasca, ao longo da região central dos Estados Unidos continentais, até o Golfo do México. Esta performance resultou no documentário Atravessando o rio a nado (1987-1997), ganhador do prêmio Hampton, que tornou o artista aclamado pela crítica. Curmano estendeu o nado ao apresentar trechos dele na exibição itinerante Objetos colecionados e criados ao longo de uma nadada / Objects Collected and Created in the Course of a Swim (1995-1997). A sua obra já foi exibida e colecionada extensivamente desde a III Vienna Graphikbiennale, na Áustria, ao Museum of Modern Art Library, em Nova Iorque. Mark Pezinger Verlag publicou O filho bastardo do futurismo de Billy X. Curmano / Billy X. Curmano Futurism’s Bastard Son (2012), um livro de artista que apresenta uma compilação da arte performática de Curmano. Jornalistas já o apelidaram de “O bobo da corte do Sudeste de Minnesota”, tendo sido comparado com P.T. Barnum, Andy Warhol, Marcel Duchamp e até mesmo… uma lontra feliz. www.billyx.net
Swimmin' the River performance catalog