"Amarillo, azul y blanco", um vídeo de Ramón García, documenta um evento de performace pública da arte do corpo e itinerante criada pelo renomado artista cubano Manuel Mendive. Corpos de bailarinos com pinturas vibrantes viajam através do Lenin Park (Havana), do rio San Juan (Matanzas) e do Oasis Hotel (Varadero) numa performance de sincretismo encorporado, uma dança de cores --"amarelo, azul e branco", o título da peça-- tendo como eco a língua básica dos artistas visuais e das cores distintas dos deuses da Santería --as cores de Oxum, Iemanjá e Xangô. Mendive mistura elementos significativos da cultura Afro-Cubana, criando um universo pessoal intimamente ligado à sua visão de mundo particular, uma visão que estabelece conexões orgânicas entre a Natureza e a Religião, ancestrais africanos e o dia-a-dia caribenho, uma sinfonia de sincretismo que, como toda a arte de Mendive, reflete uma vida de comprometimento às práticas espirituais africanas, um comprometimento que se tornou mais intenso após suas primeiras viagens à África no começos dos anos 80.